A diversificação das espécies em plantações florestais tem um impacto positivo na qualidade das florestas, de acordo com um estudo internacional envolvendo pesquisadores do CNRS publicado em 20 de maio de 2022, na revista Science .
Por CNRS com informações de Phys.
As plantações florestais que misturam várias espécies são usadas há muito tempo para algumas operações de reflorestamento, na esperança de restaurar terras degradadas, mitigar as mudanças climáticas e aumentar a produção de madeira. No entanto, até o momento, nenhum estudo havia comprovado a eficácia desse processo.
A equipe internacional reuniu uma ampla gama de dados sobre plantações florestais com uma única espécie (monocultura) ou várias espécies nas mesmas condições para avaliar o impacto da diversidade de espécies arbóreas em seu crescimento e produtividade. De acordo com sua análise, as árvores em povoamentos multiespécies são mais altas, mais largas e produzem mais biomassa.
Esses efeitos positivos se devem principalmente à complementaridade funcional entre as espécies, ou seja, as espécies não utilizam os recursos de um ambiente exatamente da mesma forma: juntas, utilizam-nos de forma mais eficiente. Este estudo demonstra os múltiplos benefícios de considerar plantações florestais mistas no desenvolvimento de políticas de florestamento e reflorestamento – estratégias que são cruciais para restaurar e conservar ecossistemas e mitigar as mudanças climáticas.
Mais informações: Yuhao Feng et al, Multispecies forest plantations outyield monocultures across a broad range of conditions, Science (2022). DOI: 10.1126/science.abm6363
