Adolescente morre de peste bubônica após comer carne de marmota na Mongólia

Dois outros adolescentes que também consumiram o alimento estão sendo tratados com antibióticos. Esquilo contaminado com a doença foi encontrado nos EUA, acendendo um novo grau de preocupação entre as autoridades sanitárias.

Com informações da Veja; G1.

A caça à marmota é proibida perto da Mongólia, mas continua apesar dos avisos. Getty Images.

Um adolescente de 15 anos morreu após contrair peste bubônica na Mongólia, confirmou o ministro da Saúde local nesta terça-feira, 14. ois outros adolescentes que também consumiram o alimento estão sendo tratados com antibióticos. Ao mesmo tempo, as autoridades americanas identificaram um esquilo contaminado com a doença no Colorado.

A peste bubônica é popularmente conhecida como peste negra que, durante a Idade Média, levou à morte um terço da população da Europa. Causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença não é transmitida entre pessoas, mas pelo contato com pulgas infectadas, que costumam ser encontradas em roedores, como as marmotas e os ratos.

O jovem de 15 anos foi contaminado após comer carne de marmota. Ele morreu na província de Govi-Altai. No final de junho, dois casos da doença já haviam sido reportados na Mongólia, envolvendo pessoas que consumiram carne de marmota. No início de julho, as autoridades locais da Mongólia Interior, na China e que faz fronteira com a região homônima, confirmaram que um pastor também estava infectado.

Após os casos, cinco províncias da Mongólia foram colocadas em quarentena. A região está em estado de atenção para detectar e tratar novos casos.

Ao mesmo tempo em que cresce a preocupação na Ásia, as autoridades sanitárias do Colorado, nos Estados Unidos, anunciaram que um esquilo testou positivo para a bactéria. O caso aconteceu na cidade de Morrison. É a primeira vez que a doença é registrada em um animal da região.

Autoridades americanas identificaram um esquilo contaminado no Colorado. A doença é transmitida por pulgas que infestam principalmente roedores. © Foto / Pixabay / Pexels

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a peste bubônica é fatal em cerca de 30% a 60% dos casos não tratados. Durante a Idade Média, devido à precariedade das condições sanitárias, pelo menos 70 milhões de europeus, um terço da população do continente, morreu pela doença.

A OMS chegou a classificar a “peste” — classificação que envolve a peste bubônica e uma outra doença semelhante chamada peste pneumônica — como uma infecção re-emergente em 2018 depois de 3.248 casos, incluindo 584 mortes, terem sido reportados em todo o mundo entre 2010 e 2015.

A organização, contudo, afirmou que os casos identificados na China não representam grande ameça e que a situação está “bem administrada”.

Humanos podem ser infectados pela peste bubônica caso sejam picados por pulgas (Xenopsylla cheopis) contaminadas ou tenham contato direto com sangue ou tecidos infectados de animas, por tossidas ou mordidas.

As autoridades americanas alertaram que animais como os gatos são muito suscetíveis a serem infectados nestes cenários – a bactéria pode ser mortal para os felinos. Já os cães são menos propensos, mas pode carregar pulgas contaminadas.

Camada fina de sangue removida de paciente com a peste bubônica – 15/01/2003 Centers for Disease Control and Prevention/Getty Images


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