Macaco explorado para entretenimento ataca criança na Indonésia

Vídeo chocante mostra moradores desesperados enquanto criança e animal são arrastados por uma corda que prendia o bicho.

Informações do BHAZ;  Indonesia Expat.

Um vídeo viralizou nas redes sociais neste fim de semana mostrando uma situação tensa e peculiar: um macaco andando em um patinete elétrico ataca uma criança na rua e tenta arrastá-la para longe da mãe. Por trás das imagens chocantes, que já têm mais de 20 milhões de visualizações, está um hábito tradicional de entretenimento criticado por ambientalistas por ser cruel aos animais.

Segundo o jornal local Indonesia Expat, o caso aconteceu no último sábado (02/04), em uma área residencial da cidade de Surabaya, na Indonésia. No vídeo, o macaco se aproxima da criança, que está em um banco acompanhada da mãe e de outros familiares. O animal desce do patinete e puxa a bebê pela roupa, arrastando-a pelo chão por alguns metros. Pode-se perceber pelo vídeo que em certo momento a criança e o animal são arrastados pelo dono do macaco, pela corda que estava amarrada no bicho.

As pessoas que estão no local gritam, assustadas, até que um homem aparece e o espanta. Quando ele vai embora, a menina se levanta e volta até a mãe. Conforme o autor do vídeo informou, a menina sofreu algumas escoriações, mas está bem.

Imagens mostram moradores desesperados enquanto criança é arrastada pela rua (Reprodução/Twitter/@peteerh)

Crueldade animal

A princípio, pode parecer estranha a imagem de um macaco andando de patinete pelas ruas da cidade. No entanto, trata-se de uma prática de entretenimento de rua tradicional e muito popularizada no país, conforme explica o Expat.

A prática é conhecida como topeng monyet, ou “macaco mascarado”, e consiste em amarrar os animais a patinetes e bicicletas elétricas ou a outros adereços para fazer apresentações e performances como forma de entretenimento. Os treinamentos geralmente envolvem tortura. No caso do ataque à criança, o macaco foi agredido pelo treinador como forma de punição.

O topeng monyet é proibido na região de Surabaya desde 2017, quando as autoridades locais decidiram que a prática pode aumentar a ocorrência de zoonoses, colocando em risco a saúde pública, além de não se importar com a saúde e o bem-estar dos animais utilizados, de modo que aumentam os casos de ferimentos e tortura infligidos aos macacos.

Não é novidade que animais usados em entretenimento podem atacar seres humanos por desespero, em busca de ajuda, ou por raiva devido aos maus tratos que sofrem ao serem obrigados a agirem em condições que não são normais à sua espécie, para manter essas ‘atrações turísticas’.

A perversidade da diversão humana em torturar animais para o entretenimento já causou diversos ataques de fúria no mundo todo, como o ataque de golfinhos no México e de um dromedário nos EUA.

Mesmo com a proibição de circos com animais na maior parte do planeta, muitos países ainda permitem esse tipo de negócio, e existem diversas outras formas de exploração tão ruins ou até pior do que os circos, parques aquáticos, aquários, zoológicos que dopam animais selvagens para selfies com turistas, touradas, rodeios, vaquejadas, as festas de São Firmino, até os mais bárbaros como o Deopokhari onde torturam uma cabra até a morte, desmembrando ela viva, e o “Touro de fogo”, em Medinaceli, um município da Espanha, em que ateiam fogo em um touro vivo apenas por ‘tradição e diversão’.

A pergunta que fica é: Entretenimento e ‘tradições’ justificam esse sofrimento?

Participantes do Festival “Toro de Jubilo” na cidade de Medinaceli, na Espanha, ateiam fogo aos chifres de um touro. Foto AFP


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