EUA investirão US$ 1,2 bilhão em usinas para extrair carbono do ar

A Climeworks fará parte do projeto Louisiana, que injetará CO 2 capturado em armazenamento no subsolo.

Com informações de TechXplore.

Secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm. (PATRICK T. FALLON/AFP via Getty Images)

O governo dos EUA disse que gastará até US$ 1,2 bilhão em duas instalações pioneiras para aspirar carbono do ar, uma tecnologia para combater o aquecimento global que não é universalmente elogiada por especialistas.

Os dois projetos – no Texas e na Louisiana – visam cada um eliminar um milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano, o equivalente total às emissões anuais de 445.000 carros movidos a gasolina.

As emissões de dióxido de carbono (CO2) alimentam as mudanças climáticas e as condições meteorológicas extremas.

“O anúncio de hoje será o maior investimento mundial em remoção de carbono de engenharia na história”, disse o Departamento de Energia em um comunicado.

“Reduzir nossas emissões de carbono por si só não reverterá os impactos crescentes da mudança climática”, disse a secretária de Energia, Jennifer Granholm, no comunicado. “Também precisamos remover o CO 2 que já colocamos na atmosfera.”

Cada um dos projetos removerá 250 vezes mais CO 2 do ar do que o maior local de captura de carbono atualmente em operação, disse o Departamento de Energia.

A empresa suíça Climeworks, líder do setor, opera atualmente uma fábrica na Islândia com capacidade anual de capturar 4.000 toneladas de CO2 do ar.

A escala dos locais de captura de carbono existentes no mundo – 27 atualmente comissionados no total – é pequena, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).

Mais de 130 projetos estão atualmente em desenvolvimento, diz a IEA.

Os novos investimentos do governo do presidente Joe Biden fazem parte de um grande projeto de lei de infraestrutura aprovado em 2021. O Departamento de Energia anunciou anteriormente planos de investir em quatro projetos no valor de US$ 3,5 bilhões.

O Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas da ONU considera a captura de dióxido de carbono diretamente da atmosfera um dos métodos necessários para combater o aquecimento global.

Mas alguns especialistas temem que o uso da tecnologia seja um pretexto para continuar a emitir gases de efeito estufa, em vez de mudar mais rapidamente para energias limpas.

Essas técnicas de Captura Direta de Ar (DAC) – também conhecidas como Remoção de Dióxido de Carbono (CDR) – concentram-se no CO2 já emitido na atmosfera. Eles diferem dos sistemas de captura e armazenamento de carbono (CCS) na fonte, como chaminés de fábricas, que impedem que emissões adicionais cheguem à atmosfera.

Em maio, o governo Biden anunciou um plano para reduzir as emissões de CO 2 de usinas a gás e a carvão, focando principalmente nessa segunda técnica.



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