As equidnas são criaturas tímidas e mesmo indivíduos sem albinismo raramente são vistos na natureza.
Com informações de Live Science.
Moradores de New South Wales, na Austrália, avistaram dois equidnas albinos extremamente raros no espaço de apenas duas semanas.
Geoff Hadley encontrou uma das criaturas totalmente brancas e cobertas de penas em uma estrada na região de Bathurst, de acordo com a ABC News. Ele ajudou a equidna a cruzar com segurança antes de relatar o avistamento aos funcionários do conselho local, que revelaram o animal em um post de mídia social em 1º de maio.
“Conheça Raffie, a rara equidna albina de Bathurst”, escreveu a equipe do Conselho Regional de Bathurst no Facebook. “Nós pensamos que é muito bonito para não ser compartilhado, e particularmente raro com apenas um punhado de mamíferos ovíparos, ou monotremados, já avistados na Austrália”.
As equidnas (Tachyglossidae) são um dos dois mamíferos conhecidos no mundo (junto com os ornitorrincos) cujas fêmeas põem ovos, mas também produzem leite. Os equidnas de focinho curto (Tachyglossus aculeatus) são comuns em toda a Austrália temperada e nas terras baixas da Nova Guiné, enquanto os equidnas de bico longo (três espécies vivas pertencentes ao gênero Zaglossus) vivem apenas nas terras altas da Nova Guiné, de acordo com o Departamento de New South Wales de Planejamento e Meio Ambiente.
Onze dias após o primeiro avistamento, o Serviço de Informação, Resgate e Educação da Vida Selvagem da Austrália (WIRES) publicou imagens e um vídeo de uma segunda equidna albina de nariz curto que parecia ter sido atropelada por um carro e sofreu ferimentos leves em New South Wales.
“Esta rara equidna albina, apelidada de Sr. Spike, foi entregue aos cuidados da WIRES recentemente após uma suspeita de colisão de veículo motorizado”, escreveu a equipe da WIRES em um post no Facebook em 12 de maio. claro depois de alguns dias sob os cuidados de voluntários locais do WIRES, que então o soltaram de volta na mata perto de onde ele foi encontrado”.
O albinismo é uma condição genética que interfere na produção de melanina pelo corpo, o principal pigmento que dá cor à pele, pelo, penas, escamas e olhos dos animais. A melanina é produzida em células chamadas melanócitos; essas células estão presentes, mas não totalmente funcionais em animais com albinismo, fazendo com que pareçam parcialmente ou completamente brancas.
Equidnas de bico curto que não têm albinismo variam em cor, de marrom claro nas regiões mais quentes do norte a marrom escuro mais ao sul e preto na Tasmânia, de acordo com o Departamento de Planejamento e Meio Ambiente. Embora sejam amplamente distribuídos em New South Wales, os equidnas raramente são vistos na natureza devido à sua natureza tímida e reclusa.
“Uma equidna albina é uma visão rara”, escreveu a Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization (CSIRO) da Austrália em uma postagem no Twitter em 22 de maio de 2022, ao lado de um vídeo de outra equidna albina encontrada no ano passado. “Avistar uma equidna não albina também é bastante incomum”, acrescentaram as autoridades.
Embora seja difícil determinar exatamente o quão raras são as equidnas albinas, John Grant, porta-voz da WIRES, disse à ABC News que a organização de resgate cuidou de apenas três ou quatro na década em que trabalhou lá.
No início deste ano, os cientistas resolveram o mistério de como as equidnas vencem o calor lá embaixo: as criaturas espinhosas sopram bolhas de ranho para manter seus narizes úmidos e frescos. Ainda mais estranho, os machos têm pênis de quatro cabeças e podem ejacular 10 vezes seguidas sem pausa significativa.
O Conselho Regional de Bathurst alertou o público a não se aproximar dos equidnas, pois isso poderia interferir no comportamento natural das criaturas. “Se você vir Raffie, sinta-se à vontade para tirar algumas fotos, mas não se aproxime, toque ou tente contê-lo”, escreveu a equipe no post do Facebook. “É importante deixar a vida selvagem em paz, pois você corre o risco de perder seu rastro de cheiro ou deixar os filhotes sozinhos na toca”.
