Dono do campo relata prejuízo com símbolo ainda de origem desconhecida. Especulações citam cavaleiros templários e até alienígenas.
Esta notícia foi originalmente publicada por G1.
Com informações do Correio Braziliense e Wikipedia.
O aparecimento de um símbolo gigantesco em um campo de trigo tem atraído a atenção de curiosos na cidade de Vimy.
Segundo a imprensa local, as imagens foram divulgadas pela família proprietária da fazenda através do Facebook, o que motivou uma peregrinação de curiosos para ver o fenômeno. Muita gente viajou quilômetros para ver o sinal. Para o agricultor dono do campo, a curiosidade gerou prejuízo. Segundo ele, 300 metros quadrados de trigo foram destruídos poucos dias antes do início da colheita.
“Nunca vimos um círculo de colheita. Vemos isso nos filmes”, disse o proprietário da fazenda ao site France3. As imagens já foram removidas da rede social da fazenda, mas o mistério continua a levar curiosos para o local. “Vimos muitas pessoas entrando em campo. Descobrimos que havia uma religião, uma crença em torno dela (o símbolo). As pessoas são loucas. Elas vêm orar”, completa.
E a origem do símbolo já gerou inúmeras especulações. Algumas pessoas acreditam se tratar de uma referência aos cavaleiros templários e ao passado turbulento da cidade, devastada pelos combates na Primeira Guerra Mundial.
Já outras preferem acreditar que é obra de alienígenas.
Os Agroglifos
Em 1686, o naturalista britânico Robert Plot relatou anéis ou arcos de cogumelos em The Natural History of Stafford-Shire e propôs que algo do céu causou a formação (ver anéis de fadas). Uma carta de 1880 ao editor da revista Nature pelo cientista amador John Rand Capron descreve como uma recente tempestade havia criado vários círculos em um campo.
Em 1932, o arqueólogo E. C. Curwen observou quatro anéis escuros num campo em um terreno próximo a Chichester, mas concluiu que era apenas “um círculo em que a cevada foi alojada ou espancada, enquanto a área interior foi ligeiramente amontoada.”
Nos anos 1960, houve uma onda ufológica em Wiltshire e rumores de formações na região, mas elas nunca foram fotografadas. Há outros relatórios pré-1970 de formações circulares, especialmente na Austrália e no Canadá, mas eles eram sempre círculos simples, que poderiam ter sido causados por vendavais. David Wood relatou para a revista britânica Fortean Times, em 1940, ele havia feito os círculos nas plantações, com o uso cordas para achatar as plantas, perto de Gloucestershire.
O conceito de agroglifos apareceu pela primeira vez na Inglaterra, em 1978, quando muitas formações começaram a aparecer em áreas rurais inglesas e popularizaram o termo. Inicialmente eram círculos simples, mas figuras geométricas começaram a ser incorporadas, tornando os desenhos cada vez mais sofisticados.
As imagens geraram uma onda de pesquisas e várias teorias da conspiração, no entanto, em 1991, dois ingleses de Southampton, Doug Bower e Dave Chorley, vieram a público afirmar que eram os responsáveis pelos círculos ingleses ao longo de 15 anos, esmagando os cereais com ferramentas com barras de ferros ou placas de madeira amarradas com cordas.
Ainda assim, os relatos de novos achados persistiram. Até hoje, houve informes de pelo menos 20 mil agroglifos em cerca de 60 países. As imagens também foram registradas no Brasil, centralizados em duas cidades do sul e suas imediações: Ipuaçu (SC), a 520 quilômetros de Florianópolis, e Prudentópolis (PR), distante 212 quilômetros de Curitiba.