Cobras gostam de formar “panelinhas” com outras cobras, diz estudo

Pesquisadores canadenses observaram o comportamento de 40 serpentes de liga e notaram que elas gostam de passar tempo com outras cobras — mas sempre nos mesmos grupinhos

Informações da Galileu

Cientistas observaram que cobras gostam de andar em grupos com outras cobras (Foto: pavan adepu/Unsplash)

Um estudo da Universidade Wilfrid Laurier, no Canadá, mostrou que algumas cobras não gostam de ficar sozinhas: elas fazem amizade com outras cobras. O artigo foi publicado em abril na Behavioral and Sociobiology.

A pesquisa, realizada pelo psicólogo Noam Miller e o estudante Morgan Skinner, reuniu 40 serpentes de liga (Thamnophis sirtalis), nativas do sudeste e da maior parte da América do Norte. Elas foram agrupadas em quatro grupos de dez integrantes cada um, podendo circular entre grupos vizinhos, durante oito dias.

As posições das cobras eram registradas duas vezes ao dia. Os especialistas observaram que elas buscavam interação social umas com as outras, mas preferiam se reunir diariamente com os mesmos indivíduos do grupo, formando “panelinhas”. De acordo com Skinner, a estrutura social delas “é, de certa formam surpreendentemente semelhante à dos mamíferos, incluindo humanos”, disse em entrevista à Science Magazine.

De fato, outros animais já demonstraram ter “amigos íntimos”, mas as cobras não eram incluídas nos estudos pela noção preconcebida de que elas preferem estar sozinhas. Segundo os autores, esse agrupamento é vantajoso para elas, pois podem protegê-las de presas e ajudar a reter calor e umidade.

Embora o estudo tenha sido realizado em laboratório, os autores apontam que esse comportamento pode ocorrer na natureza e entre outros répteis. Além disso, a descoberta pode ajudar os esforços de conservação da espécie, pois a formação de grupos poderia impedir que escapassem de habitats seguros.

Segundo a Science, os cientistas não sabem o que causa essas amizades entre as cobras, mas uma coisa é certa: as amigas que andam juntas permanecem juntas.

Veja a seguir um vídeo do experimento feito pelos cientistas canadenses:

Reprodução YouTube.


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