Prédio que seria usado para receber pacientes com coronavírus é atacado em Hong Kong

O prédio que seria uma área de quarentena para pessoas que podem ser portadoras do vírus 2019-nCoV foi atacado como coquetéis molotov.

Informações da Isto É.

Entrada em chamas de prédio que seria usado para quarentena em Hong Kong – AFP

Na noite de domingo (26/01) manifestantes lançaram coquetéis molotov contra um prédio desocupado em Hong Kong. O local tinha sido escolhido para ser uma área de quarentena para pessoas que podem ser portadoras do vírus 2019-nCoV, informou a polícia.

“Esses atos destrutivos representam uma séria ameaça à segurança das pessoas”, disse a polícia de Hong Kong em comunicado.

Um fotógrafo da AFP viu o fogo saindo da entrada do prédio antes dos bombeiros intervirem.

As autoridades de Hong Kong decretaram a epidemia que começou no centro da China uma emergência pública e anunciaram uma série de medidas no sábado. Até o momento, seis casos foram detectados no território autônomo.

Entre as medidas adotas, a transformação de um prédio recentemente concluído, mas ainda vazio, no distrito de Fanling, em local de quarentena temporária.

Dezenas de pessoas se reuniram no domingo perto do prédio escolhido e protestaram contra esta instalação. Algumas pessoas bloquearam as ruas e jogaram coquetéis molotov no prédio.

Depois que a manifestação foi dispersada pela polícia, o Centro de Proteção à Saúde disse que os planos para transformar o prédio em um centro de quarentena estavam suspensos.

Um primeiro centro de quarentena já foi instalado em um parque, longe da cidade, enquanto outros dois parques estão prontos para receber outros.

Os atos de violência vêm junto a onda de suspeitas sobre a omissão do governo chinês em relação ao caso do novo vírus. O governo têm sido acusado de não fornecer todas as informações que têm e de ter sido negligente com a situação desde que o vírus foi descoberto.

As autoridades disseram que estão com dificuldades para encontrar locais dispostos a acomodar as equipes médicas que trabalham nos centros de tratamento isolados onde os primeiros pacientes são recebidos.

Mais de 300 pessoas morreram em Hong Kong em 2003 na epidemia de SARS, traumatizando uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.



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