Ludwik Łazarz Zamenhof e o Esperanto.

O Esperanto é a língua artificial mais falada no mundo.

Fontes: Wikipedia; Esperanto.net; Revista Veja.


Número de membros de associações de Esperanto por País.

O idioma foi criado pelo Dr. Ludwik Lejzer Zamenhof (em Português, Luís Lázaro Zamenhof), um médico polonês, na época com 28 anos, em 1887, quase 130 anos atrás. O Esperanto é uma língua internacional e neutra, elaborada com o objetivo de ser uma ferramenta de preservação de todas as outras línguas e culturas.

Zamenhof, nasceu na cidade de Bialystok, na época pertencente ao Império russo, que atualmente pertence à Polônia. Ele tinha entre 17 e 18 anos e ainda estava no ginásio quando começou a escrever a versão inicial do Esperanto. Em 1878, essa primeira versão ficou pronta. Ela se chamava “Lingwe universala”. No dia 17 de dezembro daquele ano, Zamenhof, dois dias após seu aniversário de 19 anos, apresentou aos seus colegas de classe o seu projeto inicial. Segundo o que o próprio Zamenhof contaria anos depois, ele e seus amigos cantaram em comemoração uma música de uma única estrofe (Malamikete de las nacjes). Posteriormente, o dia 15 de dezembro, aniversário de Zamenhof, se tornaria uma data festiva na comunidade esperantista.

O seu pai tentou fazê-lo desistir do Esperanto, e o fez prometer deixar de trabalhar no seu idioma para se dedicar aos estudos. Zamenhof então foi para Moscou estudar medicina. Em uma de suas visitas à terra natal, descobriu que seu pai queimara todos os manuscritos do seu idioma. Após a destruição da versão preliminar de 1878 seguiram-se outras tentativas nunca publicadas. Os poucos fragmentos que restam atestam a existência de novas versões finalizadas em 1881 e 1885.

Com a ajuda econômica de sua esposa, Klara, o primeiro livro sobre o esperanto foi lançado em 26 de julho de 1887, um pequeno manual intitulado Internacia Lingvo (“Língua Internacional”, em esperanto), em russo, contendo as 16 regras gramaticais, a pronúncia, alguns exercícios e um pequeno vocabulário. Foi publicado com o pseudônimo de Doutor Esperanto, pois temia retaliações do governo russo contra seu projeto.

Apesar de a língua ter nascido apenas como “Lingvo Internacia” (língua internacional), ela recebeu o nome de seu autor com o passar do tempo. O longo nome pela qual era conhecida “Lingvo Internacia de Doktoro Esperanto” (língua internacional do Dr. Esperanto), foi aos poucos encurtado até chegar ao nome atual esperanto, aceito inclusive pelo próprio Zamenhof.

Hitler e Stalin perseguiram e mataram esperantistas nos países dominados pela Alemanha e na Rússia. A família de Zamenhof foi dizimada.

Zamenhof morreu em Varsóvia em 1917. Os seus três filhos foram assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (os Zamenhof eram uma família judia). Os primeiros anos da história do esperanto são muito ricos de acontecimentos. Ainda hoje, sobrevive um neto de Zamenhof, Louis-Christophe Zaleski-Zamenhof, filho de Adamo Zamenhof, que salvou-se do genocídio nazista contra os judeus e que viveu sob o nome da família católica polonesa Zaleski.

Em 1954, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura reconheceu formalmente o valor do esperanto para a educação, a ciência e a cultura.

Em 2017, a Wikipedia tinha mais de 237 mil artigos em esperanto, número maior que o de artigos em muitas línguas, como dinamarquês, hebraico e latim.

No mundo há mais de 6 mil línguas, e o Esperanto está entre as 300 mais faladas. O número de falantes do Esperando é incerto, mas estima-se que existam 200 mil pessoas fluentes na língua e até 10 milhões de iniciados.

Lucas Vignoli Reis, um campineiro de 25 anos, que domina o esperanto, fala de sua percepção sobre o idioma:

“A relação entre as pessoas que sabem a língua não é a mesma de quem fala outros idiomas. Se você fala inglês e conhece outra pessoa que também fala, ok, mas dificilmente se começa uma amizade a partir daí, pelo fato de terem o idioma em comum. Com o esperanto é diferente, talvez porque, pelo menos atualmente, você não estuda a língua por necessidades práticas. Você aprende porque acredita nela, porque tem um ideal de compreensão humana entre os povos. Então, se encontra uma outra pessoa que fala esperanto, sabe que ela também divide esse mesmo ideal”.

“Os esperantistas mais velhos são mais idealistas. Muitos se preocupam realmente com o ideal da “língua franca”. Já os mais jovens são um pouco menos esperançosos, mas acham que a língua vale a pena por outros motivos, principalmente pelas pessoas que conhecem no mundo todo. Nossa vontade é muito mais curtir a língua do que sustentar o movimento. Mesmo assim, faço questão de divulgar, pois acredito que, de toda forma, a língua traz benefícios às pessoas”.

Pela sua forma sintética, com apenas 16 regras gramaticais, uma pronúncia simples, apenas uma maneira de escrever cada som e um sistema de conjugação baseado na lógica, o Esperanto é mais fácil de aprender do que as outras línguas. Se você ficou curioso, saiba que existem diversos vídeos no Youtube e cursos gratuitos online para aprender a língua. Até o Duolingo, uma rede bem popular de aprendizado de idiomas grátis, com site e aplicativo para celulares, tem o Esperanto entre os idiomas ofertados. Aproveite, comece a aprender você também e “bonaj studoj”.



2 comentários

  1. O esperanto, como segunda língua das pessoas, torna justa a comunicação internacional e protege as culturas.

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