A espada é a primeira arma do período islâmico encontrada na cidade espanhola de Valência.
Com informações de Live Science.
Uma espada rara apelidada de “Excalibur” da cidade espanhola de Valência tem 1.000 anos, o que significa que foi empunhada pela última vez quando grande parte da Espanha era controlada por governantes muçulmanos, revela uma nova pesquisa.
A espada de ferro de 46 centímetros de comprimento foi encontrada em posição vertical dentro de uma sepultura em 1994, levando seu descobridor a chamá-la de “Excalibur” em homenagem à lendária espada do Rei Arthur, que, segundo o folclore medieval, puxou uma espada vertical de uma pedra e depois ascendeu ao trono da Grã-Bretanha.
A espada de Valência foi encontrada em uma casa da era islâmica ao norte do antigo fórum romano. O punho da espada é decorado com placas de bronze e contêm entalhes que tornam a espada mais fácil de manusear, disseram autoridades da cidade de Valência em comunicado traduzido.
Embora a lâmina tenha sido encontrada em uma residência da era islâmica, uma característica tornou a espada difícil de datar: a espada se curva ligeiramente em direção à ponta. Esta característica também é vista nas espadas feitas pelos visigodos, que governaram a Espanha de 418 a 711 d.C., disse o comunicado. Isso levantou a questão de saber se a espada datava da época visigótica ou islâmica (711 a 1492).
Para responder a esta questão, a cidade pagou uma bolsa a José Miguel Osuna, arqueólogo da Universidade de Granada, para datar a espada. Ao estudar a metalurgia da arma e os sedimentos onde a espada foi encontrada, ele determinou que a espada data do século X, quando Valência estava sob domínio muçulmano e seu nome era Balansiya.
Ele também descobriu que o tamanho da arma e a falta de protetor de mão sugeriam que a espada era usada por um cavaleiro. A pesquisa ainda não foi publicada em revista científica.
O artefato é um achado raro; é a primeira espada do período islâmico a ser desenterrada em Valência, segundo o comunicado.
Durante o tempo do domínio muçulmano, a arquitetura, a arte e a literatura prosperaram. O último estado muçulmano em Espanha chegou ao fim em 1492, quando o emirado de Granada se rendeu às forças do rei Fernando e da rainha Isabel.
Acadêmicos e autoridades municipais envolvidos na pesquisa não retornaram pedidos de comentários até o momento da publicação.