Arqueólogos na Espanha desenterraram a pedra para afiar espadas com uma forma atraente em uma torre destruída do século XV.
Com informações de Live Science.
Um pênis de pedra esculpida encontrado enterrado nos escombros de uma torre medieval espanhola demolida provavelmente foi usado para afiar armas.
Arqueólogos da Arbore Arqueoloxía, uma cooperativa de arqueologia, encontraram o artefato de 15 centímetros de comprimento em 19 de maio durante uma escavação em um sítio arqueológico no estuário da Ria de Vigo, no noroeste da Espanha. O local já abrigou um complexo medieval pontuado por uma torre que havia sido destruída durante as Revoltas Irmañdino, uma série de batalhas que se desenrolaram em meados do século 15 em que os cidadãos se levantaram contra a nobreza governante, disseram arqueólogos em um comunicado.
“É um objeto interessante porque é inusitado e porque materializa a associação simbólica entre violência, armas e masculinidade, associação que sabemos existir na Idade Média e que está presente em nossa cultura hoje.” Darío Peña-Pascual, arqueólogo da Arbore Arqueoloxía, disse à Live Science por e-mail.
Embora não seja incomum que os arqueólogos encontrem pedras de amolar em vários locais medievais ao redor do mundo, a forma fálica desse artefato o destaca.
As pedras de afiar são fáceis de identificar “pois ainda guardam vestígios e marcas dos materiais que afiaram”, disse Peña-Pascual. Nesse caso, “o objeto mantém vestígios de desgaste em um dos lados compatíveis com seu uso como pedra de amolar”.
Embora os arqueólogos não tenham certeza do significado exato da peça, eles acham que sua localização na torre destruída oferece uma pista.
“O possível significado que uma cultura dá a um objeto é muito mais difícil de entender”, disse Peña-Pascual. “O contexto em que encontramos o pênis de pedra é o de uma fortaleza destruída durante uma revolta anti-senhorial.” (Um senhorial é o território mantido por um senhor feudal.)
O símbolo fálico naquela época era considerado um “objeto de veneração” e não era considerado vulgar. Foi usado como proteção contra o mal e foi retratado em vários artefatos medievais, como lâmpadas, máscaras, pingentes e anéis, de acordo com o comunicado.
