O Cerco a Orléans foi uma batalha da Guerra dos cem anos que marcou a primeira grande vitória de Joana D’Arc e a primeira grande vitória da França depois da derrota esmagadora de Agincourt em 1415.
* Texto do livro Idade da Fé, da coleção “Coleção Biblioteca de Historia Universal Life”, pg. 156.
Longos cercos de praças fortificadas ocorriam com mais frequência do que grandes batalhas, e muitas vezes produziam resultados mais duráveis. O desenvolvimento da guerra de cerco, tal como a luta entre cavalaria e infantaria, foi um longo duelo entre a ofensiva e a defensiva. Os atacantes fabricavam poderosas catapultas, — gigantescas atiradeiras que pesavam quatro toneladas e atiravam a 500 metros de distância uma pedra que pesava 30 quilos. Os defensores construíam muralhas que variavam entre cinco e dez metros de espessura, e do alto desses baluartes despejavam sobre o inimigo flechas, pedras e azeite fervente. Os atacantes, por sua vez, construíam abrigos móveis para os proteger quando empreendiam o ataque à cidadela. Falhando isso tudo, poderiam os atacantes cercar as muralhas da fortaleza com suas próprias muralhas e obrigavam a guarnição a capitular pela fome.
O canhão, como nova arma de cerco, fez a sua estréia em torno de 1350. Os canhões foram usados por ambos os combatentes durante o cerco de Orléans (acima) em 1428-1429. Mas o uso eficiente da pólvora ainda pertencia ao futuro. Não foram os canhões franceses que romperam o cerco de Orléans e fizeram com que a Guerra dos Cem Anos passasse a favorecer as armas da França. Foi a chegada de uma força de socorro capitaneada por um guerreiro de armadura. Esse guerreiro era Joana d’Arc.