23 pessoas foram presas na Itália, França, Alemanha, Sérvia e Reino Unido sob acusações de tráfico em larga escala de objetos arqueológicos roubados.
Por G1.
Cerca de 10 mil objetos arqueológicos roubados foram recuperados, na segunda-feira (18), em uma operação com polícias de cinco países que prendeu 23 suspeitos na Itália, França, Alemanha, Sérvia e Reino Unido.
Os acusados eram membros de uma organização criminosa que saqueava locais históricos ainda não acessados por arqueólogos e vendia os itens encontrados por milhões de euros.
A investigação começou em 2017, segundo a Europol, a agência de aplicação da lei da União Europeia, para combater o saque de locais históricos na Calábria, no sul da Itália.
“Imagens tiradas por drones mostram a violência das escavações clandestinas realizadas por essa quadrilha criminosa, com uma escavadeira [mecânica] usada para quebrar o chão com enorme brutalidade”, afirmou a polícia em comunicado.
Entre as áreas saqueadas havia locais que datavam dos séculos 4 e 5 a.C., quando a costa do sul da Itália era pontilhada por antigas colônias gregas.
Os ladrões saíam com vasos de terracota, pratos pintados, broches e jóias, segundo o site “ABC News Australia”. A polícia disse que os bens roubados têm um valor de “vários milhões de euros”.
A rede criminosa era liderada por duas pessoas que moravam na província italiana de Crotone, na região da Calábria. Saqueadores, intermediários e mulas trabalhavam em várias regiões da Itália, e outros facilitadores também atuvam a partir de Dijon, na França; Munique, na Alemanha; Londres; e Vršac, na Sérvia.
“O dano causado à herança cultural italiana por esse grupo criminoso é muito significativo, pois os criminosos saquearam sítios arqueológicos por muitos anos”, disse a Europol em comunicado.
“A Calábria é particularmente rica em patrimônio antigo e é objeto de saques incessantes e intensos que alimentam o mercado clandestino de obras de arte”, disse a polícia.