Equação do sono.

Preste atenção nas variáveis que contribuem para ter uma noite tranquila.

Dormir bem é o resultado de um cálculo aparentemente simples: sono de qualidade + tempo suficiente de descanso. Porém acertar essa equação não é tão fácil quanto parece. Adultos precisam dormir em média 8 horas por noite, mas a falta de tempo e o estresse, somados à vida hiperconectada, são um prato cheio para não atingimos a meta. Dormir mal, pouco, ou fragmentar o sono é prejudicial à saúde.

A chamada “luz azul”, já foi alvo de diversos estudos nos últimos anos. O da Universidade de Haifa, em Israel, constatou que a luz azul, presente nas telas de celulares, tablets e computadores, inibe a secreção da melatonina, o hormônio que avisa o nosso corpo que está na hora de dormir.

O organismo também não ativa seu mecanismo natural que reduz a temperatura corporal. O normal é que a temperatura do corpo caia durante a madrugada e volte a subir quando estamos prestes a despertar. Isso, contudo, não ocorre se o cérebro recebe a mensagem que ainda estamos em estado de vigília.

Nosso metabolismo depende de uma boa noite de descanso para funcionar corretamente e ativar funções como a memória, concentração, reparação de tecidos, etc. O sono é um estado em que há uma série de processamentos, onde há a fabricação de alguns hormônios muito importantes para o corpo. Nas crianças existe o GH, o hormônio do crescimento, essencial para o desenvolvimento do corpo. Esse hormônio é liberado durante o sono profundo que a criança entra poucos minutos depois de adormecer. Nessa fase há o pico de sua fabricação.

Para que o sono seja restaurador, ele não pode ser interrompido. É importante relaxar antes de ir para a cama, lendo um livro ou tomando um chá, e se desligar da enxurrada de e-mails, mensagens e informações que recebemos o tempo todo. A luz emitida pelos aparelhos eletrônicos

Outro ponto importante é a escolha do colchão, que precisa oferecer conforto e suporte, evitando que se mude muito de posição e o consequente despertar. Quando nos sentimos incomodados e nos movimentamos em busca de uma posição confortável, interrompemos a evolução natural do sono, que vai do mais leve ao mais profundo.

Dormir bem ajuda a evitar:

1 – Envelhecimento Precoce – A renovação das células acontece durante a madrugada. Noites mal dormidas atrapalham a reparação de tecidos e aumentam o estresse, liberando radicais livres, que envelhecem a pele.

2 – Sobrepeso – Quem dorme pouco tende a comer mais, pois produz menos leptina, hormônio que controla a saciedade, e mais grelina, que estimula a fome.

3 – Dificuldade de Aprendizado – É durante o sono que as memórias adquiridas recentemente são transferidas do córtex motor para o lobo temporal, onde se transformam em memórias de longo prazo.

4 – Diabetes – Diversos estudos relacionam a falta de sono a diabetes do tipo 2. Dormir mal frequentemente pode gerar resistência à insulina.

5 – Mau Humor e Descontrole Emocional – O cérebro cansado prejudica a produção de serotonina, hormônio regulador do humor. Um sono ineficiente também afeta o sistema imunológico e nos deixa irritados e indispostos.

Fontes: BBC  /  Universidade de Haifa  /  Revista Saúde



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