Mosaico de 1.600 anos de Hércules e 40 amantes de Netuno desenterrado na Síria devastada pela guerra

Arqueólogos na Síria descobriram um mosaico impressionante com representações da Guerra de Tróia, Hércules e Netuno que datam do século IV d.C.

Com informações de Live Science.

Os artesãos usaram pequenas pedras coloridas para criar o mosaico do século IV dC encontrado na Síria. Fotografado em 12 de outubro de 2022. (Crédito da imagem: Foto de Louai Beshara/AFP via Getty Images)

Arqueólogos na Síria devastada pela guerra desenterraram um mosaico impressionante da era romana que apresenta eventos da Guerra de Tróia, os músculos esculpidos do semideus romano Hércules e o poderoso antigo deus romano Netuno ao lado de 40 de suas amantes.  

A Direção Geral de Antiguidades e Museus, uma agência do governo sírio, descobriu o mural de 20 por 6 metros em Ar Rastan, uma cidade da Síria perto de Homs, um importante campo de batalha durante o conflito sírio, anunciaram os representantes da agência na quarta-feira (12 de outubro), segundo a Associated Press.

A agência descobriu o mural bem preservado – meticulosamente feito nos tempos antigos com pedras coloridas que mediam apenas 1,2 por 1,2 centímetros de diâmetro – em um prédio que foi mantido por rebeldes da guerra civil até 2018, quando as forças do governo sírio tomou a cidade, de acordo com a BBC. As antigas ruínas sob o edifício ainda estão sendo escavadas.

“Não podemos identificar o tipo de edifício, se é um balneário público ou qualquer outra coisa, porque ainda não terminamos de escavar”, disse Humam Saad, diretor associado de escavação e pesquisa arqueológica da diretoria, à AP.

“[O mosaico] não é o mais antigo de seu tipo, mas é o mais completo e o mais raro”, segundo a Direção Geral de Museus da Síria. (Crédito da imagem: Foto de Louai Beshara/AFP via Getty Images)

O mural é um achado raro “rico em detalhes” e é facilmente o achado arqueológico mais importante do país desde que a guerra civil começou em 2011 durante a Primavera Árabe, acrescentou Saad. 

O mural data do século IV d.C., depois que o Império Romano do Ocidente se separou do Império Romano do Oriente (também conhecido como Império Bizantino). Empresários do Museu Nabu do Líbano compraram originalmente o prédio e depois o doaram ao Estado sírio, informou a AP.

O mural inclui representações da Guerra de Tróia, uma guerra lendária travada entre gregos e troianos na antiga Tróia (atual Turquia), conforme descrito nos poemas épicos “A Ilíada” e “A Odisséia”, de Homero.

O mural também mostra Hércules matando Hipólita, a rainha das guerreiras amazonas, depois que ele foi recuperar seu cinto como o nono de seus 12 trabalhos.

Muitos dos artefatos da Síria foram destruídos e saqueados durante os últimos 11 anos de conflito. Durante sua escavação, o mosaico enfrentou um futuro incerto

“Infelizmente, houve grupos armados que tentaram vender o mosaico em algum momento de 2017 e o listaram nas plataformas de mídia social”, disse Saad à AP.



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