Centenas de bombeiros e soldados marroquinos lutaram na quinta-feira (14/07) para apagar pelo menos quatro incêndios que devastaram florestas no norte do reino, disseram autoridades.
Com informações de Phys.
Os incêndios, provocados por ventos fortes nas quatro áreas, não resultaram em vítimas até agora, mas cerca de 500 famílias foram evacuadas “por precaução” nas províncias de Larache e Taza, segundo comunicados oficiais.
Várias aldeias que foram evacuadas também viram aviões militares lançando cargas de água para extinguir os incêndios que assolam o terreno seco, disse um jornalista da AFP.
Chocados com a rapidez com que as chamas estavam se espalhando, os moradores fugiram de suas casas, com algumas famílias pastoreando seu gado e cavalos – dos quais seus meios de subsistência dependem – antes deles.
“Eu estava com minha família e, a certa altura, ouvimos pessoas gritando ‘Fogo! Fogo!'”, disse Samir Boundad, de Larache.
“Nós corremos para fugir e felizmente, graças a Deus, o fogo subiu a montanha.”
Uma aldeia na região de Ksar El Kebir foi destruída pelas chamas.
Centenas de funcionários da defesa civil, além de soldados e policiais, estão tentando impedir que os incêndios causem mais destruição.
Em quatro províncias – Larache, Ouezzane, Tetouan e Taza – os incêndios devastaram florestas de difícil acesso, disse Fouad Assali, chefe do Centro Nacional de Gestão de Riscos Climáticos Florestais.
“Os esforços continuam na esperança de controlar esses incêndios”, disse Assali à agência oficial de notícias MAP.
Desde a noite de quarta-feira, pelo menos 1.000 hectares (2.500 acres) de floresta queimaram em Larache e Ouezzane, de acordo com relatórios iniciais, deixando árvores queimadas sob um céu coberto por nuvens de fumaça.
Secas intensas, temperaturas altas
A nação do norte da África, que está sofrendo com secas intensas, foi atingida nos últimos dias por temperaturas crescentes que se aproximam de 45 graus Celsius (113 graus Fahrenheit).
“É o calor que causa esse tipo de incêndio. Foi ontem de madrugada que o fogo atingiu nossa aldeia”, disse à AFP Ahmed Mezouar, 58 anos, morador de Larache, acrescentando que espera que os bombeiros consigam conter isto.
Ainda assim, ele se preocupou, pois uma vila vizinha havia sido completamente cercada pelas chamas.
“Temos medo por nossas casas”, disse ele. “Por enquanto, estamos seguros.”
Do outro lado do Estreito de Gibraltar, incêndios florestais também estão ocorrendo no sul da Europa, de Portugal e Espanha até a França e a Grécia.
Os cientistas dizem que eventos climáticos extremos , como ondas de calor e secas, que aumentam a probabilidade de incêndios florestais, estão ligados às mudanças climáticas.
Espera-se que elas se tornem ainda mais frequentes, mais prolongadas e mais intensas no futuro.
