Um jovem homossexual de 22 anos foi violentado por três homens com objetos cortantes e teve frases homofóbicas tatuadas em seu corpo; ele está internado em estado grave e o caso segue em investigação sigilosa.
Com informações de O Município Blumenau; Marie Claire; Desacato.
Um crime brutal contra um jovem de 22 anos aconteceu nessa na segunda-feira, 31/05. Ele foi vítima de um estupro coletivo após ser torturado por três homens, na região central de Florianópolis.
Além de ser estuprado pelos três, a vítima teve objetos cortantes inseridos em seu ânus. Os autores do crime ainda forçaram a vítima a tatuar palavras homofóbicas em seu corpo.
Após o estupro e a tortura, os três homens abandonaram a vítima na rua. O jovem está em estado grave.
As ‘suspeitas’ da polícia são de que o crime tenha sido motivado por homofobia.
A presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB Santa Catarina, Margareth Hernandes, se pronunciou sobre o caso nas redes sociais.
“Mais um dia de violência no país que mais mata homo e transexuais no mundo. Essa violência que cresce assustadoramente com o incentivo de algumas igrejas, do presidente da República, de alguns prefeitos, governadores e parlamentares. Discursos de ódio são aplaudidos e por conta desses aplausos pessoas morrem de forma cruel, porque seus algozes se encontram legitimados por um governo genocida e homofóbico. Até quando? Minha solidariedade aos familiares e especialmente à mãe da vítima! Na torcida para que ele se salve e se recupere o mais rápido possível” disse ela.
Margareth está sendo ameaçada de morte por bolsonaristas devido à sua nota de repúdio.
“Depois disso as minhas redes foram invadidas. Recebi umas 40 mensagens de ódio terríveis contra minha pessoa, ameaçando minha vida, desejando minha morte por Covid. Fiquei muito nervosa porque só estou lutando pelo bem, o tempo inteiro, lutando em prol dessas pessoas que sofrem essas violências. Então, estou passando para avisar que vou ficar um tempinho afastada. Peço que orem por mim nesse momento tão difícil. Pessoas doentes, não sei o que elas têm”, completou.
Em postagem nas redes sociais, ela reforçou as ameaças que vem sofrendo e informou ainda que vai registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
O caso está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia da Capital e os detalhes sobre o inquérito não serão divulgados para preservar a vítima.