Pinguim-rei amarelo raríssimo é fotografado em ilha do Atlântico Sul

O fotógrafo belga Yves Adams foi o responsável por capturar rara imagem de um pinguim-rei sem pigmentação.

Com informações da CNN.

Raro pinguim-rei amarelo foi fotografado por um belga em uma ilha. Foto: yves_adams/Instagram/Reprodução

Um pinguim-rei com a penugem amarela, bem diferente da tradicional preta e branca com toques dourados da espécie, foi registrado em meio a milhares de outros pinguins em uma ilha do Atlântico Sul pelo fotógrafo belga Yves Adams.

Raríssima, a cor do pinguim registrado pelas lentes de Adams pode estar ligada ao leucismo, de acordo com o veterinário brasileiro Ralph Vanstreels, coordenador científico do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram).

“Essa palidez generalizada sugere que esse pinguim possui alguma desordem genética relacionada à produção ou ativação da melanina, que é o pigmento que dá a coloração negra às penas dos pinguins. Por outro lado, é interessante notar que a produção de spheniscinas, que são os pigmentos que dão a cor amarelada às penas dos pinguins, não parece ter sido afetada”, diz o especialista. 

Raro pinguim-rei amarelo se destaca próximo da penugem tradicional dos demais. Foto: yves_adams/Instagram/Reprodução

Leucismo x Albinismo

O que diferencia o leucismo do albinismo total é a cor dos olhos. No albinismo os animais possuem despigmentação da retina e, por consequência, os olhos avermelhados. No leucismo a cor da retina é preservada. 

Vanstreels aponta ainda que a coloração desse animal, que parece fascinante aos olhos humanos, pode ser ainda mais extraordinária aos olhos de outros animais. 

“Vale notar que as spheniscinas refletem a luz ultravioleta (algo que nossos olhos não percebem, mas que as aves conseguem enxergar), então é provável que a plumagem desse pinguim seja ainda mais impressionante aos olhos dos demais pinguins do que aos nossos”, explica.

Por ser um caso único em uma multidão de pinguins, Vanstreels avalia que a mutação não é resultado de nenhuma interferência do ambiente sobre o código genético do animal, mas, sim, uma mutação aleatória. 

“Essas anormalidades de coloração acontecem esporadicamente na natureza, tanto em pinguins quanto em outros animais, concluiu o veterinário.

Pinguim raro estava em meio a centenas de outros quando foi fotografado. Foto: yves_adams/Instagram/Reprodução

Loteria

Diante de uma rara cena, Yves Adams disse que “ganhou na loteria” quando a natureza colocou diante da sua lente “o mais belo pinguim-rei” de rara coloração.

“Em uma praia remota na ilha da Geórgia do Sul, este pinguim-rei leucístico veio direto em nossa direção, no meio de um caos, cheio de elefantes marinhos, focas e milhares de outros pinguins-reis”, escreveu o fotógrafo em um post no seu Instagram. 



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