Costa Rica celebra os primeiros casamentos do mesmo sexo

Os primeiros casamentos do mesmo sexo foram realizados na Costa Rica, o primeiro país da América Central a igualar sua legislação matrimonial.

Este artigo foi originalmente publicado pela BBC.

Alexandra Quiros e Dunia Araya estavam entre os primeiros casais do mesmo sexo a se casar. – AFP

Um casal de lésbicas se tornou o primeiro a se enlaçar em uma cerimônia que ocorreu logo após a nova lei entrar em vigor à meia-noite, no dia 26/05/20.

O casamento foi exibido na TV nacional.

O presidente Carlos Alvarado disse que a mudança na lei significa que a Costa Rica agora reconhece os direitos que lésbicas e gays sempre mereceram.

Ele twittou (em espanhol) que “a empatia e o amor devem ser a partir de agora os princípios orientadores que nos permitirão avançar e construir um país onde haja espaço para todos”.

A primeira cerimônia de casamento entre pessoas do mesmo sexo foi transmitida como o culminar de um programa de três horas comemorando a igualdade no casamento.

A igualdade no casamento ocorreu depois que o tribunal constitucional declarou em agosto de 2018 que a proibição de casamentos entre pessoas do mesmo sexo era inconstitucional e discriminatória.

O tribunal concedeu ao parlamento da Costa Rica 18 meses para mudar a lei.

Enrique Sánchez, o primeiro membro abertamente gay do parlamento da Costa Rica, elogiou a mudança e elogiou aqueles que passaram anos fazendo lobby para que a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse suspensa.

“Com sua experiência, suas lutas … eles ajudaram a construir uma sociedade onde não há famílias de segunda classe ou pessoas de segunda classe”, disse ele à agência de notícias Reuters.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo já é possível na Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Uruguai e algumas partes do México, mas a Costa Rica é o primeiro país da América Central a permitir isso.

Alguns grupos religiosos se opuseram à iniciativa e mais de 20 parlamentares tentaram adiar a mudança na lei.

As celebrações tiveram que ser mantidas pequenas por causa da pandemia de coronavírus. AFP


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