Aproximadamente 70 mil prisioneiros são soltos no Irã por conta do coronavírus

Informações da Isto É; O Globo.

Membros da guarda de fronteiras iraniana usam máscaras de proteção contra o coronavírus dentro de instalação na fronteira com o Iraque Foto: ESSAM AL-SUDANI / REUTERS

A epidemia do coronavírus no Irã fez com que o país libertasse cerca de 70 mil prisioneiros. Ebrahim Raisi, chefe do Judiciário persa, anunciou a medida nesta segunda-feira (9).

“A liberação de prisioneiros continuará até que isso represente a instauração da insegurança na sociedade”, declarou Ebrahim.

Além de soltar os presos, o país confirmou que o número de mortes pela doença chegou a 237 e o número de casos confirmados já passou dos 7 mil.

No último dia 4, o Irã liberou outros 54 mil prisioneiros cujos exames deram negativo para a presença do coronavírus e com penas menores do que cinco anos. Com isso, já passa de 120 mil o número de detentos que deixaram as penitenciárias iranianas. Na ocasião, a medida foi justificada como um esforço para evitar a disseminação da Covid-19 nos presídios lotados.

Raisi não especificou se os presos liberados voltarão para a cadeia. Nas ruas do Irã, o clima tem sido de apreensão. Na última semana, o presidente do país, Hassan Rouhani, afirmou que a nova doença atingiu quase todas as províncias iranianas. 

Os dados oficiais indicam que 595 novas infecções foram registradas entre domingo e segunda-feira, além de 43 novos óbitos. O Irã tem a maior taxa de mortalidade fora da China, epicentro global do novo coronavírus.

Organização Mundial da Saúde (OMS) e o governo dos Estados Unidos, que vive tensões frequentes com o Irã, têm alertado que o contraste entre o número de casos e o de mortes pode indicar uma subnotificação por parte das autoridades iranianas. O governo de Teerã, por sua vez, se defende assegurando transparência na condução da crise.



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