Óleo de praias do Nordeste será analisado na França e na Noruega

Trabalho será coordenado por representante de grandes petroleiras para identificar características e origens do petróleo.

Por R7.

Extensa mancha de óleo é vista na praia do Pontal do Peba, vizinha à foz do Rio São Francisco em AlagoasImagem: Simone Santos/ Projeto Praia Limpa

Laboratórios da França e da Noruega vão receber amostras do petróleo que atingiu as praias do Nordeste para que sejam identificadas suas características e origens. O trabalho está sendo coordenado pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis),representante  de grandes petroleiras.

A ideia é corroborar o trabalho feito por pesquisadores brasileiros, que identificaram o óleo como sendo venezuelano.

Barris da Shell reutilizados foram encontrados contendo o óleo que, até o momento, é identificado como produzido na Venezuela. Em meio a crise o presidente Jair Bolsonaro chegou a acusar o Greenpeace de ‘ato terrorista’.

“Nada melhor para fazer uma defesa internacional do que ter laboratórios internacionais fazendo a mesma análise”, disse o presidente do IBP, José Firmo, na OTC 2019. O governo brasileiro recorreu à OEA (Organização dos Estados Americanos) para cobrar manifestação da Venezuela.

A visão do IBP é que a Petrobrás foi a única petroleira a participar efetivamente do trabalho de resgate do óleo, com o envio de pessoas e equipamentos, porque tem uma atuação mais forte no Nordeste do que qualquer outra petroleira. Reconhece, porém, que esse vazamento nada tem a ver com a produção no Brasil.

“Numa crise dessa, é necessário velocidade e capacidade humana. Precisa de muito recurso. Estamos num momento de transição em que o Brasil está deixando de ser só da Petrobrás para ser de várias empresas. Mas hoje quem está no Nordeste fisicamente, quem tem a grande massa crítica de operação no Nordeste é a Petrobras”, disse Firmo.

Além de mandar amostras do óleo para o exterior, o IBP contribuiu com um banco de dados das praias atingidas, entregue à Marinha.

Da mesma forma, Albuquerque disse não haver “relação de causa e efeito” entre o acidente ambiental e os leilões de áreas de pré-sal que acontecerão na semana que vem. Em sua opinião, as “perspectivas são muito positivas” para as licitações.

“No final das contas, o que vai mostrar, além das lições aprendidas, é que o governo foi efetivo no combate e na mitigação dos danos causados ao meio ambiente e atividades econômicas”, afirmou Albuquerque, após participar da abertura do congresso e feira OTC 2019, no Rio.

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Ideia é corroborar o trabalho feito por pesquisadores brasileiros, que identificaram o óleo como sendo venezuelano | Foto: Arquivo AFP / CP


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