Vikings usavam plantas alucinógenas nas batalhas

Segundo o folclore nórdico, os Vikings Berserkers eram tomados por um tipo de frenesi que os transformava em guerreiros ferozes e imbatíveis no campo de batalha.

Por History e AH.

Foto Reprodução – The Last Kingdom 

Ataques furiosos e violentos eram a marca registrada dos berserkers, uma casta de vikings. Eles eram conhecidos por seus gritos bestiais e por lutarem praticamente nus, cobertos apenas por peles de animais (o uso dos chapéus de chifre é mais controverso, já que nunca foi comprovado).

Os relatos a respeito dos berserkers remontam ao século IX. Dizia-se que eles chegavam a morder raivosamente seus próprios escudos para intimidar os inimigos. Durante anos, várias teorias tentaram explicar o frenesi que eles demonstravam em batalha. Entre as hipóteses para a loucura apresentada pelos guerreiros estavam: histeria, doença mental e intoxicação alcoólica.

Alguns estudiosos já apontaram para a epilepsia como causa dessa loucura e selvageria, e outros para a ingestão de Amanita muscaria, o clássico cogumelo vermelho de manchas brancas. A ingestão do cogumelo amanita muscaria realmente induz a efeitos como euforia, alucinações, sonolência, rubor e espasmos musculares, entre outros. Alguns desses sintomas coincidem com o comportamento dos berserkers.

Amanita muscaria – Wikpedia

Agora o pesquisador etnobiólogo Karsten Fatur, da Universidade de Ljubljana, na Eslovênia, tem uma hipótese mais sólida: os furiosos Berserkers ingeriam Henbane, uma planta alucinógena da família das Solanáceas, que crescia na Escandinávia na época dessas batalhas. De acordo com a lenda, os guerreiros se debatiam, não respeitavam limites e eram atormentados por visões, convulsões e alucinações.

O meimendro (Hyoscyamus niger) pode causar efeitos como delírio, perda da inibição e comportamentos maníacos, como nos sintomas apresentados pelos berserkers. A planta também provoca distúrbios visuais, alucinações e resistência à dor, o que poderia explicar a aparente invulnerabilidade dos guerreiros. Segundo relatos da época, essa casta de vikings tinha uma espécie de ressaca pós-batalha que os deixava incapacitados por semanas. O consumo de meimendro também resulta nesse efeito (ao contrário da ingestão do cogumelo amanita muscaria), fortalecendo a teoria de Fatur. 

Flor de Hyoscyamus niger – Meimendro – Wikipedia


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