Rio de Janeiro registra aumento de 80% nos casos de chikungunya

De janeiro a abril foram mais de seis mil ocorrências. Bairros mais afetados são da Zona Oeste

Fonte: O Dia.


Aedes Aegypti

Balanço divulgado pela Prefeitura do Rio coloca em alerta os cariocas. Segundo levantamento, de janeiro a abril deste ano houve um aumento de 80% no número de casos de chikungunya em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os dez bairros mais afetados pela doença, oito são da Zona Oeste. Campo Grande aparece como o recordista, com 426 casos de pessoas infectadas pelo vírus transmitido pelo Aedes Aegypti. Bangu ocupa o segundo lugar, com 379 pacientes registrados.

Segundo a prefeitura, de janeiro a abril deste ano foram contabilizadas 6.188 pessoas infectadas, contra 3.413 em 2018. Para tentar diminuir o número de casos, a Secretaria Municipal de Saúde tem realizado ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti. Em 2019 já foram feitas mais de 2,5 milhões de visitas de inspeção para busca e eliminação de possíveis focos do mosquito.

A Secretaria informou ainda que 80% dos focos do mosquito estão nas residências. Não por acaso, os cuidados com o Aedes Aegypti devem ser tomados em casa. Por ser um mosquito doméstico, que se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, é importante o uso de telas em janelas e portas, mosquiteiros e roupas compridas, além de passar repelente nas partes expostas do corpo para aumentar a área de proteção.

O pesquisador e coordenador de Vigilância em Saúde e dos laboratórios da referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, informa que a chikungunya ainda é uma doença que não tem vacina, muitos médicos não identificam os sintomas e a situação é preocupante. “É uma doença nova que parte da população não conhece bem, não há vacinas. Creio que os casos registrados neste início do ano podem ser ainda maior, já que ainda não entrou no sistema os pacientes que não procuraram atendimento”, observa.

No Dia D de mobilização da campanha de vacinação contra o vírus da gripe, que ocorreu no último sábado, 133.398 pessoas foram vacinadas nos postos distribuídos pela cidade, segundo a Prefeitura do Rio. Contudo, se o número for somado às doses da vacina que foram aplicadas desde o início da campanha, não chega nem à metade da meta de vacinação, que é de 1,5 milhões de pessoas dentro do perfil estabelecido.

Iniciada em 10 de abril, a campanha aplicou 617.885 doses, sendo 517.659 nos grupos prioritários, correspondendo a 31,4% de cobertura da população-alvo. A campanha segue até 31 de maio nas Unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.

O público-alvo é formado por idosos, crianças de 6 meses a 6 anos incompletos, gestantes, mulheres até 45 anos após o parto, trabalhadores de saúde, portadores de doenças crônicas e professores da rede de ensino. Aqueles que apresentaram febre recente devem adiar a vacinação. Portadores de doenças neurológicas e síndrome Guillain-Barré devem consultar um médico antes de tomar a vacina. Pessoas com histórico de alergia grave a ovo ou a algum outro componente da vacina não devem se vacinar.


Aedes Aegypti

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