A arte é uma representação da deusa Imentet. Também conhecida como “Deusa do Oeste”, ela é a padroeira dos mortos
Informações da Galileu.
Arqueólogos descobriram pinturas nunca vistas antes em um sarcófago egípcio de 3 mil da famosa múmia Ta-Kr-Hb, uma mulher de alto status da cidade de Tebas. Os especialistas a removeram do caixão pela primeira vez em mais de 100 anos, revelando a arte que remete à deusa egípcia Imentet — também conhecida como “Deusa do Oeste”.
A equipe de conservação do museu Perth Museum & Art Gallery, na Escócia, afirmou que a pintura, bem preservada, fica na base interior do caixão. Ela mostra Imentet de perfil, usando seu típico vestido vermelho. Seus braços estão levemente estendidos e ela está de pé em uma plataforma, indicando que a representação é de uma estátua sagrada. Segundo a mitologia, essa deusa representava os mortos pois vivia em uma árvore que era a entrada para o submundo.
Além da pintura, os pesquisadores também vão analisar a parte inferior do caixão, que é um ambiente forense rico pois apresenta amostras de solos, plantas e insetos. Já a resina, usada para cobrir as bandagens, revela mais detalhes sobre a mumificação de Ta-Kr-Hb e os locais em que seu corpo foi mantido.
Acredita-se que o caixão de Ta-Kr-Hb foi feito na cidade de Akhmim, no Egito, e que sua múmia tem até 2.700 anos. “Para os antigos egípcios, a preservação do corpo era muito importante, por isso temos certeza de que Ta-Kr-Hb ficaria muito satisfeita em ver o cuidado que está sendo tomado para proteger e cuidar de seus restos mortais”, afirmam, em nota, os conservadores Helena e Richard Jaeschke.