Joaquin Phoenix recebeu o Oscar de Melhor Ator, e fez um discurso impactante sobre minorias e o primeiro discurso vegano na história do Oscar.
Informações do G1; Folha; Catraca Livre.
Joaquin Phoenix ganhou seu primeiro Oscar neste domingo (9), como melhor ator, por seu trabalho como o vilão dos quadrinhos que dá o título a “Coringa”. Essa foi a quarta indicação em sua carreira.
Ele era o grande favorito da categoria, após vencer prêmios do Sindicato dos Atores, o Globo de Ouro e o Bafta. O filme, campeão de indicações com 11, ganhou apenas mais um Oscar, o de trilha sonora original.
Em seu discurso de agradecimento, ele falou sobre reconhecer erros e perdão. “Quando usamos amor e compaixão como nossos guias principais, nós criamos sistemas de mudança”, afirmou.
“Não quando nos cancelamos pelos erros do passado, mas quando nos guiamos para crescer, por redenção, esse é o melhor da humanidade.”
O ator também aproveitou para falar sobre temas importantes, seguindo o exemplo de seus agradecimentos nas outras premiações do ano.
“Não sinto me elevado acima dos meus colegas indicados ou de qualquer um nesta sala, pois compartilhamos o amor pelo cinema, e essa forma de expressão me deu a vida mais extraordinária”, afirmou.
“Mas acho que o presente mais maravilhoso que me deu é a oportunidade de dar a voz para quem não tem voz. Tenho pensado muito nesses problemas que temos enfrentamos coleticamente”, disse, antes de listar igualdade de gênero, racismo e ambientalismo.”
Phoenix continuou: “seja falando sobre desigualdade entre gêneros, racismo, direitos LGBTQ+ ou indígenas, direitos dos animais, estamos falando sobre lutar contra a ideia de que uma nação, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar outros sem impunidade. Acredito que nos desconectamos demais do mundo natural, e nos sentimos culpados por ter uma visão egocêntrica, a crença de que estamos no centro do universo. “
“Entramos no mundo natural, roubamos seus recursos. Nos sentimos no direito de inseminar artificialmente uma vaca e então roubar seu bebê quando ele nasce, mesmo que seus gritos de angústia sejam perceptíveis. E então bebemos o leite que é destinado ao bezerro e colocamos em nosso café e cereal”, argumentou. “Quando usamos amor e compaixão como nossos princípios, podemos criar, desenvolver e implementar sistemas de mudança que são benéficos para todos os seres e ao meio ambiente.”
Phoenix explicou como o cinema mudou sua vida para a melhor. “Fui um canalha minha vida toda. Fui egoísta, cruel às vezes, alguém difícil de trabalhar. Estou grato porque muitos aqui nessa sala me deram uma segunda chance. Acredito que estamos no nosso ápice quando apoiamos uns aos outros. Não quando nos cancelamos por erros passados, mas sim quando nos ajudamos a crescer. Educamos uns aos outros, e nos guiamos no caminho pela redenção.”
Phoenix finalizou seu agradecimento emocionado, o ator se lembrou do irmão, o também ator River Phoenix, que morreu aos 23 anos em 1993. “Quando ele tinha 17 anos, meu irmão escreveu isso. Ele disse: ‘corram ao resgate com amor, e paz será o resultado’.”
Joaquin Rafael Bottom tem 45 anos e nasceu em San Juan, em Porto Rico. Irmão dos também atores River, Phoenix, Liberty e Summer Phoenix, ele se mudou para Los Angeles aos seis anos.
O primeiro papel foi em uma série de TV que tinha Rivers no elenco. Joaquin conseguiu uma participação em “Seven Brides for Seven Brothers”, em 1982.
No cinema, a estreia veio em “SpaceCamp: Aventura no Espaço” (1986), seguido pelo drama “Corrida Contra o Tempo” (1987) e pela comédia “O Tiro que não Saiu pela Culatra” (1989).
O papel de mais destaque veio apenas em 1995, em “Um Sonho sem Limites” (1995), com Nicole Kidman e direção de Gus Van Sant. Na sequência, atuou em “Círculo de Paixões” (1997). Foi quando conheceu sua noiva Liv Tyler, com quem ficou por três anos.
Mas foi “Gladiador”, de 2000, o filme que confirmou Phoenix como um grande ator da nova geração. Sua atuação como Commodus no épico de Ridley Scott rendeu sua primeira indicação ao Oscar, como ator coadjuvante.
Antes de vencer, ele voltaria a ser indicado outras duas vezes como Melhor Ator, por “Johnny & June” (na pele de Johnny Cash) e “O Mestre” (2012).
Após a cerimônia do Oscar, o ator foi fotografado ao lado de sua noiva, Rooney Mara, comendo um hambúrguer vegano em frente a lanchonete Monty’s Good Burger, em Los Angeles. O troféu do Oscar aparece ao lado do casal. A foto, de Greg Williams, viralizou nas redes sociais.
Engraçado que nas prévias onde Joaquin ia, lembrava de seu “ator preferido” e amigo Heath Ledger, ao está com o Oscar nas mãos, esqueceu o amigo, falaria do outro Joker porque né? Fez seu ativismo militante… esperar o que de um democrata, que foi preso junto com Jane Fonda?
Engraçado que nas prévias, onde Joaquin ia, lembrava de seu “ator preferido” e amigo Heath Ledger, ao está com o Oscar nas mãos, esqueceu o amigo, mas, falaria do outro Joker porque né? Fazer seu ativismo militante… em ano de eleição faz parte. Esperar o que de um democrata, que foi preso junto com Jane Fonda?