A doação será feita através da Fundação Bill & Melinda Gates. Vintes milhões vão já para a investigação ao vírus que irrompeu na China – e que já terá provocado mais de 700 mortes.
Informações do Diário de Notícias.
“A nossa esperança é que esses recursos ajudem a catalisar uma resposta internacional rápida e eficaz”, afirmou Mark Suzman, CEO da Fundação Gates. “Essa resposta deve ser guiada pela ciência, não pelo medo, e deve basear-se nos passos que a Organização Mundial da Saúde tomou até hoje.”
A fundação disse que esses fundos serão destinados a órgãos “multilaterais”, como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e a Organização Mundial de Saúde, a qual pediu na quarta-feira 675 milhões de dólares (616 milhões de euros) para ajudar a combater o vírus internacionalmente.
Dos cem milhões de dólares (91,4 milhões de euros), vinte milhões (18,3 milhões de euros) serão imediatamente direcionados para a deteção, isolamento e tratamento do vírus mortal com o objetivo da sua contenção.
Outros 60 milhões de dólares (54,8 milhões de euros) irão para o desenvolvimento de uma vacina anti-coronavírus.
Até 20 milhões de dólares serão destinados às autoridades de saúde do sul da Ásia e da África subsaariana, para acudir a outras epidemias. Os fundos ajudarão as autoridades a isolar e tratar casos confirmados, reforçar os centros de operações de emergência e a, segundo a Fundação, “implementar esforços eficazes de vigilância de doenças”.
Outros donativos de multimilionários
Jack Ma, o dono da Alibaba (e o homem mais rico da China), já anunciou que doará 14,4 milhões de dólares (13,1 milhões de euros) através da sua fundação, sendo 5,8 milhões para dois centros governamentais chineses de investigações, tendo em vista a criação de uma vacina.
A Tencent – uma multinacional chinesa do ramo das tecnologias – financiou em 42,7 milhões de dólares (39 milhões de euros) a cidade de Wuhan, para a compra de abastecimentos médicos.
O coronavírus já provocou 814 mortes até a data desta matéria (09/02/20) – sendo 780 na China, um em Hong Kong e outro nas Filipinas. Os casos confirmados ascendem a quase 38 mil – a esmagadora maioria dos quais na China. Não há nenhum caso confirmado no Brasil, apenas casos suspeitos que ainda estão sendo investigados.
Bill Gates – o segundo homem mais rico do mundo, depois do dono da Amazon, Jeff Bezos – deu cem milhões de dólares através da sua fundação mas a empresa que fundou, a Microsoft, também anunciou ter contribuido, no caso com 142,4 mil dólares (130 mil euros), para assistência à cidade de Wuhan e à respetiva província, Hubei.
Outras empresas norte-americanas também fizeram as suas doações: a Cargill, uma empresa agrícola do Minnesota, e a Dell doaram ambas 284,8 mil dólares (260,2 mil euros) à Cruz Vermelha chinesa.
A Boeing, por seu vez, enviou 250 mil máscaras para os trabalhadores e o pessoal médico em Wuhan e Zhoushan.
O “radar” montado pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da universidade norte-americana Johns Hopkins, mostra em tempo real o avanço do coronavírus no mundo. A esmagadora maioria dos casos, em torno de 37.200 estão na China.