As imagens, segunda as emissoras, são do momento da ofensiva contras as tropas norte-americanas. O Pentágono confirmou duas bases atingidas.
Informações de Metrópoles; Far News Agency; G1.
Duas bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas foram atingidas por mais de uma dúzia de mísseis iranianos na noite desta terça (7) – madrugada de quarta (8) no horário local -, informou o Pentágono.
A base aérea de Ain Al-Asad, no oeste do país, é uma das que foram atingidas, e a outra está em Erbil, na região curda do Iraque.
A Fars News Agency publicou no twitter o momento em que vários mísseis atingiram a base de Al-Assad.
Diversas emissoras de televisão iranianas divulgaram vídeos associados aos ataques do Irã contra as base do exército norte-americano. Na madrugada desta quarta-feira (08/01/2020), horário do Iraque, a primeira base foi atingida por pelo menos 10 foguetes. Em seguida, o Pentágono divulgou comunicado confirmando que 12 mísseis haviam atingido não só uma, mas duas bases militares no Iraque: a de Al-Asad e a de Irbil.
“Estamos trabalhando nas avaliações iniciais dos danos de batalha”, diz o comunicado. Eles acrescentam ainda que, “nos últimos dias, o Departamento de Defesa tomou todas as medidas apropriadas para salvaguardar nosso pessoal e parceiros”.
Segundo a nota, as bases estão, desde o ataque que matou o general iraniano Qassim Suleimani, “em alto alerta” com a possibilidade de que eles contra-atacassem.
Jornalistas também replicaram imagens da agência iraniana:
🚨 ویدئویی که از لحظه برخورد شماری از موشکها با پایگاه عین الأسد منتشر شده است. pic.twitter.com/3IPJHD4Imr
— خبرگزاری فارس (@FarsNews_Agency) January 8, 2020
VIDEO: Footage allegedly shows the moment a missile fired from Iran strikes the Ayn al Asad base used by US forces in Iraq. pic.twitter.com/V0oxYJErPk
— Conflict News (@Conflicts) January 8, 2020
🔴 🇮🇷 JUST IN 🇮🇷 🔴
— Press TV (@PressTV) January 7, 2020
PRESS TV EXCLUSIVE
First #IRGC footage emerges showing #Iran missiles targeting #AinAlAssad airbase in #Iraq in response to General #Soleimani‘s assassination.#GeneralSoleimani #DecisiveResponse #SoleimaniAssassination pic.twitter.com/vpXA0HvLXG
Resumo dos acontecimentos até agora:
- mais de 12 mísseis foram lançados pelo Irã contra 2 bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas
- o Pentágono confirmou o ataque, o Irã assumiu a responsabilidade e ameaçou realizar ataques dentro dos Estados Unidos se os americanos revidarem a ofensiva
- a ação é vingança pelo assassinato do general iraniano Qassem Soleimani
- até o momento há o relato de vítimas iraquianas, mas não se sabe quantas, nem como estão
- Donald Trump deve falar à nação ainda esta noite
A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade pelos lançamentos dos mísseis a ambas as bases. Uma fonte de segurança do Iraque disse à CNN que 13 foguetes atingiram a base Al-Asad, e que eles foram lançados de uma distância de cerca de 10km.
Ainda segundo fontes de segurança do Iraque, há relatos de vítimas iraquianas, mas não há informações sobre quantas são ou se elas foram mortas ou feridas. Autoridades americanas informaram à CNN que não há relatos de vítimas dos EUA.
Ameaças
De acordo com a rede de TV iraniana, o ataque é parte da operação de vingança de Teerã, chamada de “Mártir Soleimani”, contra a morte do general Qassem Soleimani, morto na semana passada em um ataque aéreo americano no Iraque. O comandante era chefe da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana.
“Estamos alertando todos os aliados dos americanos, que deram suas bases ao seu exército terrorista, de que qualquer território que seja ponto de partida de atos agressivos contra o Irã será alvo”, declarou a Guarda Revolucionária do Irã por meio da Irna, a agência de notícias oficial iraniana.
A guarda também ameaçou Israel e alertou os Estados Unidos de que retirem tropas da região para evitar a morte de mais soldados. Em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram, a guarda disse que, se os Estados Unidos retaliarem o ataque, iriam responder à ofensiva “dentro da América”.
A base aérea de Ain Al-Assad fica no oeste do Iraque, na província de Anbar. Começou a ser usada pelas forças americanas depois da invasão do Iraque pelos EUA em 2003, que derrubou Saddam Hussein. As tropas americanas também ficaram lá durante o combate contra o Estado Islâmico. Cerca de 1,5 mil soldados estão abrigados ali, segundo a AP.