De acordo com os arqueólogos que analisaram as ruínas, o templo religioso era dedicado ao deus da fertilidade Hapi e foi construído durante o reinado de Ptolomeu IV.
Por Galileu.
Enquanto realizavam o trabalho de escavação para instalar uma rede de esgotos na cidade egípcia de Tama, os trabalhadores tiveram uma surpresa: eles encontraram ruínas com inscrições indicando que ali existia um construção da época do Antigo Egito. Chamados ao local, os arqueólogos investigaram o antigo prédio e constataram que ele fora construído há 2,2 mil anos e dedicado ao deus da fertilidade Hapi.
Não por acaso, o templo religioso estava localizado próximo às margens do rio Nilo: todos os anos, os egípcios prestavam honras ao deus Hopi na esperança de que as colheitas fossem abundantes. De acordo com os especialistas em história egípcia, quase toda a economia local era baseada na existência do rio Nilo, que provia água para o desenvolvimento da agricultura.
Ao realizar investigações mais detalhadas da construção, os pesquisadores identificaram símbolos esculpidos de pássaros e outros animais. Além disso, alguns hieróglifos citavam o faraó Ptolomeu IV, indicando que o monarca fora responsável pela edificação do templo religioso.
Em comunicado, o Ministério das Antiguidades do Egito destacou a importância da descoberta e afirmou que o antigo templo ainda apresentava boas condições estruturais, com algumas de suas paredes intactas. De acordo com os especialistas, o local onde foi localizada a construção pertencia à antiga cidade de Wajit, considerada estratégica por ser uma ligação entre importantes cidades do Antigo Egito, como Mênfis e Luxor.
Os registros históricos indicam que Ptolomeu IV era considerado um rei fraco e que ordenou a morte de membros de sua família, que supostamente estariam interessados em retirar seu poder. Quando governou o Egito, o reino já não apresentava o mesmo esplendor das eras dos grandes faraós, responsáveis pela construção das pirâmides. A mais famosa monarca da dinastia de Ptolomeu foi Cleópatra, que reinou de 51 a.C até 30 a.C: após sua morte, o Egito tornou-se uma província do Império Romano.