“Le Grand Bain”, no Brasil “Um Banho de Vida”, é uma comédia dramática, dirigida por Gilles Lellouche, e conta a história de Bertrand (Mathieu Amalric), que está no “auge” dos seus quarentas anos e sofre de depressão. Depois de usar uma série de medicamentos que não surtiram nenhum efeito, ele começa a frequentar a piscina municipal do bairro em que vive. Lá ele conhece outros homens com histórias semelhantes à sua. O grupo se junta e forma uma equipe de nado sincronizado masculina, algo incomum dentro do esporte. Sob o comando de Delphine (Virginie Efira), uma ex-atleta vitoriosa, Bertrand e os novos companheiros decidem participar do Campeonato Mundial de Nado Sincronizado, encontrando, enfim, um novo propósito para sua vida. Por mais que o longa exponha um certo teor dramático, o enredo acaba sendo conduzido para um desfecho de tom ameno e positivo. O diretor consegue fazer com que isso funcione, criando uma bela e divertida história de superação.
O filme segue a mesma temática do inglês “Swimming with Men”, lançado em 2018 sob direção de Oliver Parker, e foi muito mais bem sucedido que seu antecessor. Apesar do filme ser extremamente clichê, foi sucesso de bilheteria na França, com 4,1 milhões de espectadores. Recebeu dez indicações ao Cesar, o “Oscar francês”. Só ganhou uma estatueta (a de melhor ator coadjuvante para Philippe Katherine), mas liderou as indicações ao lado do vencedor, o drama conjugal “Custódia”, de Xavier Legrand. Ele só não representou seu país no Oscar porque estreou fora do prazo de inscrição.
Com uma linda mensagem, “Le Grand Bain” consegue animar o dia de qualquer um. Por mais que não seja uma obra de arte, é o tipo de filme que faz você sair bem do cinema. Uma comédia dramática descompromissada, cheia de positividade na qual o espectador consegue “mergulhar” e esquecer por algumas horas os problemas da vida.
