Novo relatório do Rabobank aponta que 200 milhões de animais já foram afetados. A peste suína africana avança pela China e para outros países do continente asiático, o que poderá afetar o equilíbrio de carnes no mercado mundial.
O relatório do banco especializado na cadeia do agronegócio, estima que de 25% a 35% da produção chinesa de suínos será afetada neste ano. Nas regiões mais críticas, esse percentual poderá atingir 50%.
A doença que já afetou de 150 milhões a 200 milhões de animais trouxe uma perda que supera 30% do mercado chinês.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estimou o abate em 2018 no Brasil de 44 milhões de animais.
China, União Europeia, Estados Unidos e Brasil têm os maiores rebanhos.
Com déficit tão grande na carne suína, os chineses provavelmente vão recorrer às outras proteínas, como carnes de aves, bovina, ovina e frutos do mar, ao invés de procurar fontes vegetais, que fornecem excelentes quantidades de proteínas, muitas vezes maior do que as de origem animal.
O resultado poderá ser uma redução de 10 milhões de toneladas na oferta de proteína animal no país, estima o Rabobank.
Esse volume deverá afetar não só os preços internos da China, mas também os do mercado mundial.
Os americanos têm grande presença no mercado internacional de carne de aves. Mas, devido à gripe aviária de 2015 nos Estados Unidos, eles têm as portas fechadas na China para essa proteína.
A peste suína e a gripe aviária são apenas um dos fatores que levam à conscientização sobre alimentação saudável, estimulando a redução e abstenção do consumo de carnes e produtos de origem animal.